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Carlos Fino

Nascido em Lisboa no dia 24/12/1948, Carlos Fino tem as suas raízes na vila de Fronteira, Alto Alentejo, no centro/sul de Portugal, de onde é oriunda a sua família e na qual decorreu toda a sua infância e parte da adolescência. Ingressou com 18 anos na Faculdade de Direito de Lisboa, onde se envolveu nas lutas estudantis pela reforma do ensino, tendo integrado a direção da Associação Académica. Na mesma época, participa no movimento da Oposição democrática ao regime salazarista e em 1971, na sequência de grandes greves e manifestações estudantis, perseguido pela PIDE, a polícia política do regime Salazar-Caetano, Carlos Fino – como muitos outros jovens da sua geração que se recusavam a participar nas guerras coloniais em África - atravessa a fronteira “a salto” (clandestinamente), dirigindo-se a Paris. Mais tarde, segue para Bruxelas, onde obtém o estatuto de refugiado das Nações Unidas, trabalha durante um ano como condutor de elétricos/bondes e cursa Direito na ULB (Université Libre de Bruxelles); daí segue para a ex URSS, onde aprende russo e trabalha como locutor da Rádio Moscovo para Portugal e África de expressão portuguesa. Em 1974, na sequência da Revolução de Abril, regressa a Portugal, onde começa a colaborar com vários jornais e com a antiga Emissora Nacional (EN). Em finais de 1975, volta a Moscovo, agora na qualidade de correspondente credenciado da EN - Emissora Nacional, antecessora da RDP - Rádio Difusão Portuguesa. Entretanto, começa a colaborar também com a RTP, televisão pública portuguesa, para a qual assegura a cobertura dos Jogos Olímpicos de 1980. É ao serviço da RTP que Carlos Fino atinge o auge da sua carreira, tendo sido, na década de 80, repórter, repórter parlamentar, comentador, apresentador de diversos serviços noticiosos, correspondente internacional e correspondente de guerra. Em 1989, sempre ao serviço da RTP, Carlos Fino ruma de novo a Moscovo, onde abre e dirige a delegação da televisão pública portuguesa e cobre toda a transformação que haveria de conduzir ao colapso da URSS e ao fim dos regimes comunistas da Europa de Leste. Foram dele as reportagens sobre as quedas dos regimes e primeiras eleições democráticas na Roménia, Bulgária, antiga Checoslováquia, RDA, Polónia e Hungria . Além de Moscovo, Carlos Fino foi ainda correspondente e chefe da delegação da RTP em Bruxelas (1995-1998) e em Washington (1998- 2000). Regressado a Lisboa no ano 2000, foi sub-diretor de Informação, coordenador e apresentador do Jornal 2, o jornal de referência da estação. Como correspondente de guerra, Carlos Fino assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, guerra civil da Geórgia, Nagorno-Karabakh, Moldávia e Chechênia. Cobriu também a entrada dos mujahideen em Cabul (1992). Ainda nesta qualidade, nos anos 2000, cobre os conflitos do Médio- -Oriente (reocupação israelita dos territórios palestinos), guerra civil na Albânia, Afeganistão (ataque norte-americano contra os Talibã depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003). Pela excelente repercussão mediática que a cobertura da RTP no Iraque teve no Brasil (via RTP Internacional e TV Cultura de São Paulo), Carlos Fino foi convidado, a seguir ao conflito, a deslocar-se àquele país, onde proferiu palestras nas Faculdades de Comunicação de várias universidades, designadamente Fortaleza, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na capital brasileira, Carlos Fino foi recebido no Planalto pelo Presidente Lula, integrando o primeiro grupo de correspondentes internacionais a avistar-se com o então recém-eleito chefe de Estado brasileiro. Em 2004, Carlos Fino publica, com a chancela da Verbo, “A Guerra em Directo”, livro em que passa em revista a sua experiência como repórter de guerra em diferentes cenários. O livro, que foi “best-seller” em Portugal, teve edição brasileira sob o título “A Guerra ao Vivo”. Entre 2004 e 2012, Carlos Fino foi conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil, tendo, no âmbito dessas responsabilidades, mantido um programa de rádio semanal na Brasília Super-Rádio FM e participado, como consultor e apresentador (juntamente com o jornalista brasileiro Paulo Markun) de uma série de 13 programas de televisão - “Lá e Cá” - uma co-produção da TV Cultura de São Paulo com a RTP2. Ao longo da sua carreira de quase quatro décadas como comunicador, Carlos Fino foi distinguido com diversos prémios, entre os quais se destacam o Grande Prémio de Jornalismo do Club Português de Imprensa (1994), pela cobertura do colapso dos regimes comunistas e da primeira guerra da Chechénia, o Troféu Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas (2003/2004) pela cobertura da Guerra do Iraque e um Reconhecimento pela National Academy of Television Art and Sciences, de Nova Iorque, pela cobertura da guerra no Afeganistão. Em 2004, o jornalista foi condecorado pelo Estado português com a Ordem do Infante D. Henrique no grau de Comendador e distinguido com o título de Cidadão Honorário de Brasília. Carlos Fino, que se aposentou em 2013, costuma ser lembrado como “aquele repórter do furo mundial” por ter sido o primeiro a anunciar, com imagens ao vivo, o bombardeamento de Bagdad na última Guerra do Golfo (2003), levando a televisão pública portuguesa RTP a superar estações concorrentes muito mais poderosas, como a CNN, a BBC e a SKY. Na altura, o jornal Correio Braziliense titulou na primeira página: “Fino, o português que furou a CNN”. Reconhecendo o valor da sua larga experiência como jornalista - repórter, correspondente internacional e correspondente de guerra, a Universidade de Brasília (UnB) atribuiu a Carlos Fino, em Novembro de 2013, o título de “Notório Saber”. Entre 2013 e 2018, já aposentado, Carlos Fino estudou nas universidades do Minho - UMinho (Portugal) e Brasília - UnB (Brasil), tendo concluído o seu doutoramento em Ciências da Comunicação no dia 29 Abril de 2019, em Braga. A tese que defendeu perante um júri universitário misto luso-brasileiro - “Raízes do estranhamento - a (in)comunicação Portugal-Brasil” – serviu de base a este livro.

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Portugal-Brasil: Raízes do Estranhamento
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