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É natural do nordeste trasmontano onde passou a infância e a adolescência, tendo depois rumado a Coimbra para frequentar a Faculdade de Letras no curso de Filologia Clássica.
Abominando as liturgias demenciais e despóticas da chama praxe — para despotismo já bastava o salazarista —, escreveu, ainda estudante, o livro “O ESPANTALHO DA PRAXE COIMBRÔ, em que arrasou os dogmas e os rituais da seita que tem por insígnias a moca, a colher e a tesoura. Tal atrevimento provocou grande escândalo no meio académico e levou-o a prosseguir os estudos na Universidade de Lisboa, onde se licenciou com distinção e com a tese “VIRGÍLIO E A ÉCLOGA PORTUGUESA QUINHENTISTA”, que lhe valeu o “Prémio Prof. Simões Neves”.
Convidado a integrar o corpo docente da Faculdade, não ocupou o lugar por muito tempo, por ter denunciado, no “Diário de Lisboa”, o copianço generalizado nas provas de exames. Os bonzos salazaristas consideraram tal denúncia desprestigiante para a Faculdade e não estiveram com meias medidas: ou pedia a demissão ou era posto no olho da rua.
De então para cá outras peripécias semelhantes aconteceram na sua vida, preço de não vender a alma ao diabo. Mas o correr dos anos não o fez perder o inconformismo juvenil. Continuou a insurgir-se contra outras abusões e paranóias extensivas ao todo nacional. Contra elas tem ejectado as suas raivas em livros como “A BEM SOADA GENTE” (2007); “A NATA DO POVO” (2018) e agora o “SERRAR A VELHA”, revitalizando uma tradição carnavalesca trasmontana e em homenagem a essa região onde, segundo dizem, mandam os que lá estão, “mas bem m’eu finto”!