No século XVII, o italiano Gregório Zarco vive exilado no Brasil, onde se dedica à leitura e à astronomia, numa existência que ele mesmo considera inútil e sem sentido. Quando ele é convidado a acompanhar o jovem Manoel a uma viagem pelos sertões à procura de um misterioso lago na nascente do rio Amazonas, tudo muda em sua vida. Agora ele irá se envolver em uma aventura insólita, onde a todo momento vai se defrontar com toda sorte de perigos e situações inacreditáveis. Em uma narrativa envolvente que captura o leitor já nas primeiras páginas, Zarco e Manoel enfrentam criaturas monstruosas, índios bravios, piratas sanguinários, navegam por rios tortuosos, escalam montanhas inóspitas, embrenham-se em subterrâneos assombrosos, e convivem com um mundo sobrenatural cada vez mais presente em sua saga. Em determinado momento, o próprio Zarco percebe que ele mesmo está prestes a se transformar em um monstro, e precisa correr contra o tempo na tentativa de reverter tão doloroso processo. E só as águas milagrosas do mítico lago poderão ajudar a pôr um fim neste pesadelo. Em A Saga do Lago Sagrado, Gilberto de Oliveira apresenta um retrato impressionante de uma época em que as coroas europeias disputavam cada pedaço de chão do chamado Novo Mundo, ainda sem fronteiras definidas, e cujas riquezas inexploradas provocavam guerras e artimanhas ardilosas, onde as maiores vítimas serão sempre as populações nativas.