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Depois do S. Martinho, quando o frio direto ao peito nos amarra em casa, sabe bem agarrar reconfortos para o corpo, um bom vinho, fruta seca e lenha onde o sol mais se demorou. Lá fora, a terra toma encantos, modos e temperaturas desafiantes, que visitamos com alegria e coragem, na justa medida da nossa loucura, ou necessidade estrita. Entre dois cavacos, onde a chama se aguenta a lamber as nervuras e as veias lenhíticas, o fascínio de um conto. Um conto dos nossos dias, transmontano, tão genuíno e tão boa-alma, que nos leva a atender o palavrão e a marotice dos seus protagonistas, com indulgência, soltando apenas um incontido sorriso. E, a rir a rir, vai arrecadar o sol, a doçura, o encanto do Douro; chegará para cumprimentar, a terna mão calosa do lavrador transmontano, num aperto firme; assistirá, suspenso da respiração, a um confronto coletivo de duas aldeias barrosãs, em disputa de um baldio... Vá, chegue-se p’ráqui, beba um copo, eu vou-lhe contar!